Revelamos aqui as causas e efeitos da insegurança pública e jurídica no Brasil, propondo uma ampla mobilização na defesa da liberdade, democracia, federalismo, moralidade, probidade, civismo, cidadania e supremacia do interesse público, exigindo uma Constituição enxuta; Leis rigorosas; Segurança jurídica e judiciária; Justiça coativa; Reforma política, Zelo do erário; Execução penal digna; Poderes harmônicos e comprometidos; e Sistema de Justiça Criminal eficiente na preservação da Ordem Pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.

quarta-feira, 2 de março de 2016

UM OSCAR PARA O JORNALISMO



ZERO HORA 02 de março de 2016 | N° 18462


EDITORIAIS





A escolha de Spotlight Segredos Revelados como melhor filme na cerimônia do Oscar foi um reconhecimento ao trabalho do diretor Tom McCarthy e equipe, mas também ao jornalismo investigativo e profissional, exemplarmente representado por profissionais do jornal The Boston Globe, que denunciou a pedofilia na Igreja. A aclamação do filme pelo público também pode ser encarada como um aval para a importância do jornalismo responsável para a sociedade e para a própria democracia. Por mais que a internet esteja impondo hoje profundas mudanças no modelo de negócio da comunicação, o jornalismo sobrevive e sobreviverá nas plataformas que o público escolher e prestigiar, pois essa continua sendo uma forma poderosa de fortalecer a cidadania, a justiça social e os direitos humanos.

É difícil, para quem acompanha a rotina de uma apuração jornalística no início dos anos 2000, quando a internet ainda era incipiente, admitir que a imprensa passou por tantas transformações. Nesse curto período de tempo, empresas jornalísticas comprometidas com a seriedade da informação têm procurado até mesmo se antecipar às mudanças, buscando garantir espaço num cenário ainda impreciso. A cada dia, porém, fica mais evidente que o jornalismo de qualidade prevalecerá sobre o conteúdo superficial, de baixo ou nenhum custo.

Um dos méritos do filme, que comprova a extensão das denúncias até no Brasil, é justamente o de conseguir prender a atenção do grande público ao longo de 128 minutos, numa época em que tudo parece voltado mais para o imediatismo. É de audiências assim, seja em qual for o meio, que depende o futuro do jornalismo independente e transformador, compromissado com a informação de qualidade.

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