Revelamos aqui as causas e efeitos da insegurança pública e jurídica no Brasil, propondo uma ampla mobilização na defesa da liberdade, democracia, federalismo, moralidade, probidade, civismo, cidadania e supremacia do interesse público, exigindo uma Constituição enxuta; Leis rigorosas; Segurança jurídica e judiciária; Justiça coativa; Reforma política, Zelo do erário; Execução penal digna; Poderes harmônicos e comprometidos; e Sistema de Justiça Criminal eficiente na preservação da Ordem Pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

PREGAÇÕES GOLPISTAS



ZERO HORA 20 de novembro de 2014 | N° 17989


CHRISTOPHER GOULART




É simplesmente incrível! Até mesmo triste esta situação na qual testemunhamos nos jornais os mais diversos posicionamentos desprovidos de qualquer senso democrático. Pregações golpistas surgem como a grande salvação do Brasil em nome da “integridade nacional”, como é o caso de um artigo publicado recentemente em Zero Hora, assinado por um ex-chefe do Estado-Maior de Defesa.

As viúvas da ditadura militar são conhecidas, repetindo reiteradamente a verve golpista durante o transcurso de nossa história republicana. São os mesmos, em versões pioradas, iguais aos que não aceitavam a eleição democrática de Getúlio Vargas em 1950. Que tal recordarmos um ícone do golpismo, chamado Carlos Lacerda? Ele que vociferava seu ódio: “O sr. Getúlio Vargas não deve ser candidato. Candidato, não deve ser eleito. Eleito, não deve tomar posse. Empossado, devemos recorrer à revolução para impedi-lo de governar”. Os métodos são reproduzidos justamente no ano do cinquentenário do golpe civil- militar de 1964.

Nestes momentos de “intranquilidade”, sempre será bem- vinda a lembrança dos coronéis reacionários de fevereiro de 1954 que exigiam a deposição do ministro do Trabalho João Goulart, pelo crime de dobrar o salário mínimo. Os mesmos que alardeavam “o perigoso ambiente de intranquilidade”, foram os que se prestaram para escrever os já conhecidos – e lagrimados – 21 anos de sequência de generais no poder. Os mesmos que sentem orgulho de um monstrengo chamado Ato Institucional nº5, que teve como primeira medida o fechamento do Congresso Nacional. Cassações, torturas, assassinatos... essa é a democracia que queremos!?

Aos que clamam pelo marchar dos coturnos, continência e tiro de fuzil, vai a nossa mensagem de paz e liberdade. Neste país, senhores golpistas, a lição já foi aprendida. Os males da democracia, sabemos, serão combatidos com muito mais democracia. Contra os criminosos, nossos plenos esforços de que sejam aplicados os duros rigores da lei. A missão agora é advertir sobre a farsa dos que insistem em ver tanques de guerra nas ruas. Rea- firmar nosso compromisso de zelar pela democracia como resposta aos que buscam desesperadamente o retorno da tirania.

Senador suplente eleito

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