Revelamos aqui as causas e efeitos da insegurança pública e jurídica no Brasil, propondo uma ampla mobilização na defesa da liberdade, democracia, federalismo, moralidade, probidade, civismo, cidadania e supremacia do interesse público, exigindo uma Constituição enxuta; Leis rigorosas; Segurança jurídica e judiciária; Justiça coativa; Reforma política, Zelo do erário; Execução penal digna; Poderes harmônicos e comprometidos; e Sistema de Justiça Criminal eficiente na preservação da Ordem Pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.

sábado, 26 de abril de 2014

DESORDEM PÚBLICA

ZERO HORA 26 de abril de 2014 | N° 17775


EDITORIAIS




Revoltados com uma legislação que os obriga a trabalhar uniformizados, motoristas de táxi resolveram bloquear duas das principais avenidas de Porto Alegre no final da tarde de quinta-feira. Simplesmente estacionaram seus carros de modo a não permitir a passagem de outros veículos e retardaram por algumas horas a vida de milhares de pessoas, sem se importar se elas tinham compromissos ou o direito de passar pelo local.

Os taxistas até podem ter as suas razões, que merecem ser respeitadas. O que causa perplexidade é o conformismo das autoridades com a quebra da ordem pública por grupos organizados que não hesitam em provocar transtornos à população, desde que consigam visibilidade para suas causas. Virou moda no país: por qualquer motivo, manifestantes ocupam o espaço público, bloqueiam o trânsito e ficam impunes.

Claro que tais excessos só ocorrem num regime democrático – e ninguém, a não ser saudosistas da ditadura, vai querer a volta do autoritarismo por causa disso. Mas um pouco mais de autoridade não faria mal ao país. Não perderemos as nossas liberdades se condicionarmos as reivindicações ao respeito aos direitos dos outros. A democracia exige reciprocidade. E o poder público tem, mais do que direito, o dever de interferir quando terceiros estão sendo prejudicados.

Os taxistas são trabalhadores sacrificados, correm riscos, enfrentam o trânsito nervoso e a insegurança diariamente. Talvez tenham as suas razões para se rebelar contra a obrigatoriedade do uniforme. Mas o que tem a ver com isso o cidadão que ficou preso no seu carro durante mais de uma hora, sem poder, por exemplo, buscar o filho na escola na hora combinada?


G1 RS 24/04/2014 23h22

Protesto de taxistas contra uso de uniforme congestiona Porto Alegre.Motoristas usam veículos para bloquear Ipiranga e Érico Veríssimo. Manifestação ocorreu em frente à sede da EPTC até por volta de 22h.


Taxistas bloquearam vias nas imediações da sede da EPTC, em Porto Alegre (Foto: Paulo Ludwig/G1)

Contrariados com novas exigências legais para uso de uniforme, taxistas realizaram um protesto na noite desta quinta-feira (24) nas imediações da sede da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), em Porto Alegre. Na manifestação, pelo menos 20 veículos foram usados para bloquear o sentido bairro-centro da Avenida Ipiranga e o sentido centro-bairro da Avenida Érico Veríssimo, o que gera congestionamento na região.

O ato teve início por volta das 19h30, e se estendeu até pouco antes das 22h. Em fevereiro, o prefeito José Fortunati (PDT) sancionou a nova Lei Geral dos Táxis, que institui as novas diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana e prevê o uso de uniforme.

Mais cedo, cerca de 100 pessoas realizaram outra manifestação, desta vez liderada pelo Bloco de Luta Pelo Transporte Público. O ato voltou a protestar contra o aumento da passagem de ônibus, que, neste mês, saltou de R$ 2,80 para R$ 2,95. De acordo com o CEIC, a caminhada foi pacífica, mas atrapalhou o trânsito.

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