Revelamos aqui as causas e efeitos da insegurança pública e jurídica no Brasil, propondo uma ampla mobilização na defesa da liberdade, democracia, federalismo, moralidade, probidade, civismo, cidadania e supremacia do interesse público, exigindo uma Constituição enxuta; Leis rigorosas; Segurança jurídica e judiciária; Justiça coativa; Reforma política, Zelo do erário; Execução penal digna; Poderes harmônicos e comprometidos; e Sistema de Justiça Criminal eficiente na preservação da Ordem Pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.

quinta-feira, 27 de março de 2014

A NORMATIZAÇÃO DA INTERNET


ZERO HORA 27 de março de 2014 | N° 17745


EDITORIAIS



Depois de um impasse político que se prolongou por meses e de mudanças que não chegaram a desfigurar o texto original, a Câmara dos Deputados conseguiu aprovar o chamado Marco Civil da Internet, que na prática tem potencial para colocar o país na vanguarda nessa área. Um dos méritos do projeto agora na dependência do aval do Senado e da sanção presidencial para entrar em vigor é o de conseguir conciliar de forma razoável os múltiplos interesses envolvidos, além de buscar uma compatibilização entre a regulação e a liberdade de expressão. A iniciativa se diferencia também pelo fato de se preocupar mais em proteger do que em criminalizar os usuários, como é comum em marcos legais de outros países.

Num território sem lei, como no que se encontra hoje a internet no Brasil, é positivo que essa espécie de Constituição da web tenha se pautado pelo equilíbrio, numa questão cercada por tantas divergências, como ocorre no caso dos usuários, das empresas e do governo. O resultado se torna ainda mais significativo pelo fato de resultar da pressão entre esses diferentes lobbies e por terem inclusive motivado um impasse entre o chamado blocão de aliados no Congresso e o Planalto.

Numa situação dessas, todos têm que ceder um pouco, com o cuidado de não afetar conceitos essenciais, como o de neutralidade da rede, que garante isonomia no tráfego de dados, e privacidade. Certamente, ainda haverá muito o que aperfeiçoar nessa área, até mesmo pelo dinamismo dos avanços tecnológicos. Ainda assim, o importante é que, agora, o país está prestes a dispor de um instrumento legal moderno e eficiente que foi muito além de contemplar os diferentes interesses envolvidos. Uma das preocupações que precisam ser ressaltadas é de que houve não apenas a intenção preservar, mas também a de reforçar um princípio elementar como o da liberdade de expressão dos internautas brasileiros.

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