Revelamos aqui as causas e efeitos da insegurança pública e jurídica no Brasil, propondo uma ampla mobilização na defesa da liberdade, democracia, federalismo, moralidade, probidade, civismo, cidadania e supremacia do interesse público, exigindo uma Constituição enxuta; Leis rigorosas; Segurança jurídica e judiciária; Justiça coativa; Reforma política, Zelo do erário; Execução penal digna; Poderes harmônicos e comprometidos; e Sistema de Justiça Criminal eficiente na preservação da Ordem Pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

ALTO LÁ! TORTURA NUNCA MAIS!

ZERO HORA 15 de fevereiro de 2013 | N° 17344 ARTIGOS

Alceu Medeiros*


O silêncio dos soldados está sendo interpretado equivocadamente como avalista dos escândalos, da corrupção, das distorções de conduta, dos subornos, da falsidade e da falta de compostura política e de tudo que faz sentir os primeiros “perfumes” da gradativa putrefação de uma sociedade doente, emudecida, segundo o pensamento do senhor Guilherme Socias Vilella (ZH, do dia 5/2).

O referido articulista louva a atuação das nossas Forças Armadas por ocasião da independência brasileira, na Guerra do Prata, na Guerra do Paraguai, na II Guerra Mundial, bem como em programas de saúde e educação e, ainda, na construção de obras de infraestrutura do país, especialmente rodovias, pontes e ferrovias.

Ninguém discute o valor das nossas Forças Armadas e o que elas representam para o Brasil, como força dissuasória e em questões internas relevantes, como aconteceu há pouco tempo na ocupação de favelas no Rio de Janeiro. As Forças Armadas sempre estiveram presentes nos grandes imbróglios da política nacional, em momentos decisivos nunca faltaram à nação brasileira proativamente.

Também não se discute a formação intelectual e o devotamento à pátria dos integrantes das nossas Forças Armadas, apesar de mal equipadas e mal pagos, o que torna a carreira militar pouco atrativa para os nossos jovens, como ascensão profissional.

As nossas Forças Armadas não diferem de outras instituições nacionais porque são formadas do mesmo povo que elege deputados, presidentes, senadores, prefeitos e vereadores pelo país afora.

O silêncio dos soldados não significa que compac-tuam com os deslizes, desvios de verbas públicas, falta de ética de alguns políticos apontados pela imprensa nacional.

Para combater o malfeito, existem instituições confiáveis, como os Tribunais de Contas da União e dos Estados, o Ministério Público Federal e dos Estados, as polícias federal e estaduais, civil ou militar.

Pergunto: convocar os soldados para quê? Para derrubar o atual sistema político não pode ser, pois todos os representantes do povo foram eleitos democraticamente nas urnas.

Convocar os soldados para mudar a ordem vigente é saudosismo de um tempo que não volta mais, pois seria instalar novamente uma ditadura militar, que ninguém deseja.

O articulista talvez esteja saudoso das torturas praticadas por alguns civis e militares contra indefesos civis pós-golpe de 64, quando a Justiça não tinha vez. Ou será que está saudoso da imprensa amordaçada, dos atos institucionais que cassavam os direitos políticos sem direito de defesa?

O silêncio do articulista nos anos de chumbo fala mais alto do que o silêncio dos soldados.

Os patronos das nossas Forças Armadas, por suas condutas exemplares, não aceitariam ser convocados para derrubar um regime democrático no qual vivemos pela “melhor” ditadura do mundo. Nem mesmo para satisfazer alguns saudosistas.

*ADVOGADO


NOTA: Jose Aparecida de Castro Macedo

Ao senhor diretor de redação de Zero Hora

“Está se tornando cada vez mais óbvio que não é a fome, nem os micróbios, nem o câncer, mas o próprio homem o maior perigo da humanidade, porque ele não dispõe de proteção adequada contra epidemias psíquicas infinitamente mais devastadoras em seus efeitos”. Carl G. Jung - Sobre o artigo "ALTO LÁ! TORTURA NUNCA MAIS! do advogado Alceu Medeiros, página 15, de 15 de fevereiro p.p. Concordo: Tortura é crime! O país atravessa um tempo nebuloso, negro, onde os valores morais, éticos, cristãos são descartados, pela falência da Segurança Pública, ausência da autoridade em que o cidadão/contribuinte/eleitor vive atormentado, angustiado pela violência e criminalidade. O país vive uma "EPIDEMIA PSÍQUICA", uma Tortura Mental, que lhe corroe as entranhas democráticas.

O povo vive na incerteza do dia seguinte, onde a "pena de morte" vige pelas quadrilhas que impõe o terror homicida ao cidadão. Vive-se o caos diario! Vou repetir sempre o que disse um comunista convicto e não um pretenso socialista tupiniquim (sic): "É lógico que nenhuma sociedade, que tem respeito, pode permitir a anarquia, uma liberdade para todos, ou o caos. Nem nós. A democracia também implica a lei e a ordem e a mais rígida observância das leis pelas autoridades e organizações, assim como por todos os cidadãos", do livro Perestroika, páginas 82 e 83, de Mikhail Gorbachev. Qual tortura é mais devastadora? A física ou a mental? Ambas são desvastadoras! O pensamento político de Antônio Gramsci está vivo na política brasileira pelos seguidores de suas cartilhas: DENEGRIR, DESCONSTRUIR, DESCONSTITUIR, DESQUALIFICAR o sistema político brasileiro! E ao que parece tem conseguido impor esta linha de pensamento. Deus salve o Brasil, Amém! Saudações.

Nenhum comentário: