Revelamos aqui as causas e efeitos da insegurança pública e jurídica no Brasil, propondo uma ampla mobilização na defesa da liberdade, democracia, federalismo, moralidade, probidade, civismo, cidadania e supremacia do interesse público, exigindo uma Constituição enxuta; Leis rigorosas; Segurança jurídica e judiciária; Justiça coativa; Reforma política, Zelo do erário; Execução penal digna; Poderes harmônicos e comprometidos; e Sistema de Justiça Criminal eficiente na preservação da Ordem Pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

BRASIL, A CASA DA MÃE JOANA

JORNAL DO COMÉRCIO 03/08/2012

Paulo Ricardo da Rocha Paiva


Eis que “Tio Sam” consegue a tão almejada meta de manter um efetivo do seu Exército no território brasileiro para, sob a capa de um acerto mais do que suspeito com a Companhia do Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codefast), assumir a consultoria pertinente ao desenvolvimento da hidrovia do Rio São Francisco, a ser entregue, sem nenhuma consulta ao povo brasileiro, de mão beijada, ao Corpo de Engenharia do Exército dos EUA. Em seu pronunciamento, o tenente-brigadeiro Douglas Fraser, do Comando Sul das Forças Armada dos EUA, sem maiores delongas, já se manifestou sobre a importância do trabalho conjunto com a Codefasf: “É um privilégio vir ao Brasil para conhecer melhor esse projeto. Esperamos que haja um fortalecimento dessa parceria com novas ações a partir dessa cooperação com a Codefasf. Que tremenda autoconfiança.

É de se perguntar agora: onde estão os “nacionalistas” do PT, da CUT, da UNE, das esquerdas brasileiras, enfim, daquele “timinho do Foro de São Paulo” que se esgoela vociferando sempre contra o “imperialismo yankee”? Onde estão os “caras-pintadas”, os estudantes, as associações de classe? Enfim, as Forças Armadas não vão se manifestar sobre esta entrega de soberania? Afinal de contas, o fato subliminar e ameaçador já ultrapassou em muito a idiossincrasia da Comissão da “Verdade”, de mão única para a investigação dos excessos na guerra revolucionária dos anos 1960/1970. Que não se duvide, não se trata mais agora de abaixar a crista para a OEA quanto à determinação de um monumento a ser erigido na Academia Militar das Agulhas Negras. Por fim, chegou a hora da verdade: será que vamos admitir que uma tropa estrangeira se estabeleça em território nacional para “dar pitaco” em obras que a arma de engenharia do nosso Exército já deu provas cabais de competência e probidade no uso de recursos provenientes do orçamento da União?


Coronel de Infantaria e Estado-Maior

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