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quinta-feira, 7 de junho de 2012

A VERDADEIRA FACE DA IDEOLOGIA

 
ZERO HORA, 07 de junho de 2012. ARTIGOS

José Hermilio Ribeiro Serpa, advogado, professor e ensaísta político


O jornal Zero Hora de 20 de maio publicou em página nobre um artigo assinado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em que evoca o centenário do nascimento do militante e guerrilheiro comunista Apolônio Carvalho, enaltecendo sua biografia e elevando-o à condição de herói. Bem, cada um tem o herói de sua preferência: o religioso elegeria um mártir, o político um grande pensador ou estadista de feitos grandiosos; um tendente à atividade desviante teria como paradigma um ousado marginal, um celerado, capaz de feitos espetaculares em favor do crime.

Mas no caso do presidente Lula é surpreendente a exaltação da vida do personagem rememorado, com o patético título: “Vale a pena sonhar, Apolônio!”.

Ocorre que o presidente Lula sempre se disse católico e crente em Deus, chegando à indignação quando interpelado por Fernando Collor sobre se acreditava em Deus, no famoso debate que travaram na Rede Globo, na antevéspera do segundo turno da eleição de 1990. Lula respondeu: “Deus sabe que acredito nele”. Pois bem, entre os feitos de homenageado pelo ex-presidente articulista, está o fato de Apolônio Carvalho ter sido herói combatente da famosa Revolução Espanhola iniciada por uma Aliança Anarco-Comunista naquele país contra a monarquia e a Igreja Católica.

Houve, como se sabe, atrocidades, banditismo dos dois lados, mas os comunistas proibiram as atividades dos jesuítas quando estiveram no poder, incendiaram igrejas católicas, destruíram 20 mil templos, 6.861 religiosos católicos foram fuzilados, entre eles 12 bispos, 4.189 padres, 300 freiras, 2.363 monges. Ao lado dos comunistas, praticando esses atos de vindita e desumanidade contra seus desafetos cristãos, estava o elogiado brasileiro Apolônio Carvalho.

Esse mesmo “herói”, que era militar de carreira no Brasil, participou da famosa Intentona Comunista de 1935, que ceifou a vida de vários camaradas de farda na calada do noite em alguns quartéis do Norte. E, em 1962, discordando do líder comunista Luiz Carlos Prestes por considerá-lo “revisionista e social-democrata”, ajuda a criar o PC do B, partido de inspiração estalinista, passando a ser membro ativo dessa corrente comunista divergente da Internacional Marxista. Em 1979, assina ficha no PT, partido esse que se criou com a fusão de várias correntes marxistas, inclusive de sedizentes católicos da ex-AP – Ação Popular, que fazia uma simbiose do cristianismo com o marxismo.

Ser cristão-marxista é em si uma posição de difícil conciliação interna de consciência. Agora, exaltar quem ajudou a matar e dizimar católicos é incoerência inexplicável a quem se proclama cristão.

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