Revelamos aqui as causas e efeitos da insegurança pública e jurídica no Brasil, propondo uma ampla mobilização na defesa da liberdade, democracia, federalismo, moralidade, probidade, civismo, cidadania e supremacia do interesse público, exigindo uma Constituição enxuta; Leis rigorosas; Segurança jurídica e judiciária; Justiça coativa; Reforma política, Zelo do erário; Execução penal digna; Poderes harmônicos e comprometidos; e Sistema de Justiça Criminal eficiente na preservação da Ordem Pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.

terça-feira, 8 de maio de 2012

O FORTALECIMENTO DO INTERIOR

EDITORIAL ZERO HORA 08/05/2012

Com base no binômio educação e emprego, municípios do Interior vêm reforçando importância no contexto econômico e social do Estado. Longe de significar um esvaziamento da Capital, esse fenômeno indica o acerto da política de investimentos em polos regionais de grande potencial, como é o caso de Rio Grande, onde a indústria naval revigorada vem ponteando o processo de desenvolvimento.

O único aspecto capaz de preocupar é a possibilidade de, com essa tendência, a Capital acabar perdendo força. A rápida mudança registrada no perfil da economia gaúcha, no qual o setor de serviços se fortaleceu perante a indústria nas somas das riquezas do Estado, tende a aumentar esse risco. Há três décadas, as riquezas no Rio Grande do Sul eram majoritariamente geradas pela indústria, em sua maior parte concentrada na Capital. Hoje, a supremacia fica com serviços – aí incluído o comércio –, disseminados pela imensa maioria dos municípios gaúchos. Em consequência, diminuiu a migração para Porto Alegre, que hoje abriga cada vez menos moradores de outras regiões.

As mudanças que deram origem a essa tendência só ocorreram porque aumentaram as oportunidades de acesso a ensino de qualidade, em todos os níveis, pelo Interior. Além disso, os avanços tecnológicos facilitaram a comunicação entre as pessoas, fazendo com que elas se sintam integradas mesmo longe dos grandes centros urbanos.

O Estado precisa ficar atento a essas transformações que, sem prejuízo da expansão econômica na Capital e das demais cidades da Região Metropolitana, precisam ser acompanhadas de perto pelo poder público. Quanto mais os gaúchos tiverem suas demandas básicas atendidas – o que inclui desde atendimento eficiente nas áreas de saúde e educação até oportunidades de trabalho –, menos razões haverá para migração. Em consequência, mais as comunidades do Interior tenderão a se fortalecer, beneficiando a todos.

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