Revelamos aqui as causas e efeitos da insegurança pública e jurídica no Brasil, propondo uma ampla mobilização na defesa da liberdade, democracia, federalismo, moralidade, probidade, civismo, cidadania e supremacia do interesse público, exigindo uma Constituição enxuta; Leis rigorosas; Segurança jurídica e judiciária; Justiça coativa; Reforma política, Zelo do erário; Execução penal digna; Poderes harmônicos e comprometidos; e Sistema de Justiça Criminal eficiente na preservação da Ordem Pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

PIU PIU PRENDEU FRAJOLA


WANDERLEY SOARES, O SUL
Porto Alegre, Quarta-feira, 16 de Novembro de 2011.


Não costumo sair da minha torre para atravessar o Uruguai. Mas essas comédias da politicagem carioca, especialmente na área da segurança, são rápidas e cintilantes, e por isso merecem um tiro de festim

O Rio - e por Rio leia-se a capital do Estado do Rio de Janeiro - é o chamado "tambor do Brasil". Ainda assim, é apenas uma parte do Rio capital que gira em torno deste epíteto. Nos casos da violência e da criminalidade, a população do Estado do Rio e da própria capital não vive os tais momentos de terror que é propalado por uma mídia sabidamente, no mínimo, suspeitável. O Rio não está cercado por bandidos. Lá existem trabalhadores, intelectuais, donas de casa, estudantes, empresários, crianças, profissionais da segurança, que são a maioria da população e vive a Cidade Maravilhosa sem compactuar com as máfias das drogas, do tráfico de armas, da prostituição infantil. O Rio está, sim, desde que foi capital do País, sitiado por políticos profissionais que usufruem de todos os prazeres que o poder proporciona, inclusive cedendo espaços, dando linha, protegendo bandos de leões-de-chácara que são aliciados em todo o País. Vez por outra, esses mesmos profissionais da política espúria, promovem festivais armados nas áreas que provocam mais incômodos e, feito isso, hasteiam a bandeira brasileira, cantam o Hino Nacional, prendem um ou outro ícone da marginalidade, e aí sim, como tambor do Brasil, emitem imagens para todo o planeta. Nesta esteira, as mídias regionais, como a gaúcha, sem se aprofundar em nada, rendem seus aplausos às operações que deveriam ser constantes e que só são feitas de forma escandalosamente politiqueiras, passageiras, efêmeras. O Rio nunca foi o traficante Nem como nunca foi a favela da Rocinha, mas tem se revelado sempre como a capital dos alquimistas da corrupção, aqueles dominam, invisíveis, os mercenários que os mantém no poder. A prisão do traficante Nem está sendo noticiada no País e no mundo como se Batman tivesse capturado Pinguim ou o Coringa, como se o sargento Garcia tivesse capturado o Zorro, e mais do que isso, como se Piu-Piu tivesse encarcerado Frajola. Trata-se de uma comédia oficial. Uma comédia de alto custo, mas uma comédia. Com a licença de nosso cancioneiro, tenho certeza de que o Rio de Janeiro continua lindo.

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