Revelamos aqui as causas e efeitos da insegurança pública e jurídica no Brasil, propondo uma ampla mobilização na defesa da liberdade, democracia, federalismo, moralidade, probidade, civismo, cidadania e supremacia do interesse público, exigindo uma Constituição enxuta; Leis rigorosas; Segurança jurídica e judiciária; Justiça coativa; Reforma política, Zelo do erário; Execução penal digna; Poderes harmônicos e comprometidos; e Sistema de Justiça Criminal eficiente na preservação da Ordem Pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.

domingo, 11 de setembro de 2011

PACIFICAÇÃO - CORRUPÇÃO EM UPP

Denúncia. Confirmado caso de corrupção em UPP no Centro - O GLOBO, 11/09/2011 às 17h44m; Pablo Rebello

RIO - O comando de Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no Centro será afastado após confirmação de que um grupo de policiais recebia propina de traficantes nos morros da Coroa, Fallet e Fogueteiro. A denúncia foi publicada neste domingo no jornal O Dia. O inquérito policial que investiga o caso deve ser concluído até o fim da semana. Em entrevista coletiva realizada neste domingo em decorrência da denúncia, o comandante geral da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, não confirmou se o comandante e o subcomandante que serão afastados estavam envolvidos no esquema de corrupção, mas prometeu punição severa para os policiais que recebiam dinheiro do tráfico, podendo até mesmo serem afastados da corporação.

- Não nos interessa ter na corporação soldados que tomaram outro caminho - afirmou o coronel. - Essas pessoas devem ser afastadas da instituição, para que isso sirva de exemplo para outras.

De acordo com nota enviada pela PM, ainda não está confirmado o afastamento, uma vez que a investigação ainda não foi concluída. Na mensagem, a corporação confirma que existe uma investigação interna, que corre sob sigilo de Justiça, conduzida pela Coordenadoria de Polícia Pacificadora, para apurar as possíveis irregularidades entre policiais da UPP das comunidades.

A PM informou, ainda, que "atua em respeito à legislação em vigor e não vai admitir desvios de condutas de nenhum de seus integrantes".
Na noite de sábado, um policial militar da UPP do Morro do Fallet / Fogueteiro foi baleado durante um tiroteio com bandidos, em Santa Teresa . De acordo com as primeiras informações da Secretaria de Segurança Pública, o agente fazia uma ronda de rotina na comunidade quando cruzou o caminho de dez homens, que estariam armados. O bando atirou contra o policial, que foi atingido por dois tiros - um na garganta e outro na barriga. O confronto aconteceu por volta das 18h, no Fogueteiro, na localidade conhecida como Cajueiro. O PM baleado estava com acompanhado por outro policial, que não foi atingido.

Já Mário Sérgio apresentou outra versão para o ocorrido. Ele disse que os policiais receberam uma informação relacionada ao tráfico de drogas na região e que, ao checarem, entraram em conflito com os bandidos.

O agente está em estado grave no Hospital Central da Polícia Militar. Um caveirão e oito homens do Bope tiveram que entrar na comunidade para resgatar os policiais. Todas as UPPs do Centro entraram em estado de alerta.
Na mensagem, a PM informou lamentar o ocorrido e estar dando todo o apoio necessário ao agente e à sua família.

O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e o Batalhão de Choque estão reforçando o policiamento nas áreas identificadas como críticas pelos órgãos de inteligência. Eles permanecerão por tempo indeterminado, de acordo com a mensagem da PM.

PM afirma, em nota, que investigação sobre denúncia de corrupção em UPP corre sob sigilo - 11/09/2011 às 17h30m; O Globo


RIO - Sobre as denúncias de corrupção entre policiais da UPP do Centro, a Polícia Militar emitiu nota, afirmando que corre uma investigação sob sigilo de Justiça.
Leia a mensagem na íntegra:

'A respeito da informação publicada pela imprensa neste domingo (11/9), sobre denúncias de irregularidades envolvendo policiais militares da UPP
Coroa/Fallet/Fogueteiro, a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro vem
esclarecer:

1- Existe uma investigação interna, conduzida pela Coordenadoria de Polícia
Pacificadora, para apurar possíveis irregularidades entre policiais da UPP Coroa/Fallet/Fogueteiro;

2- Tal investigação corre sob sigilo de Justiça;

3- Não são verdadeiras as informações sobre o afastamento de policiais, uma
vez que a referida investigação não foi concluída;

4 - A Polícia Militar atua em respeito à legislação em vigor e não vai
admitir desvios de condutas de nenhum de seus integrantes;

5- Tão logo as investigações sejam concluídas pela Justiça, as informações
serão prestadas à sociedade;

6- Com relação à troca de tiros ocorrida no início da noite de ontem (10/9), no Fallet/Fogueteiro, informamos que infelizmente um policial militar foi
ferido e encontra-se internado no Hospital Central da Polícia Militar (HCPM). A Polícia Militar lamenta o ocorrido e está dando todo o apoio necessário ao policial e sua família;

7- Após o incidente, o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e o
Batalhão de Choque estão reforçando o policiamento nas áreas identificadas
como críticas pelos órgãos de inteligência. Eles permanecerão por tempo
indeterminado;

O comando da Polícia Militar reafirma o compromisso com a política de segurança pública do Governo Estadual, com a pacificação das comunidades e a redução da criminalidade.'

2 comentários:

Rajão disse...

E aí?

Vi que você escreveu que "a mão de ferro tem que ser aplicada" na publicação sobre a INVASÃO no Alemão, no ano passado.

Ainda acha que essa pacificação do Cabral é a saída pro Rio ou podemos conversar sobre a regulamentação das drogas?

Jorge Bengochea disse...

Esta sugestão não foi minha. Foi feita no artigo "Rio: A guerra começa a ser vencida - Roberto Alves e Roberta de Abreu Lima. REVISTA VEJA, 01//12/2010",postado neste blog, que sugeria uma medida mais coativa para retomar o controle, pois com benevolências o Estado jamais venceria a guerra.

"A libertação de Vila Cruzeiro - e, se tudo der certo, do Complexo do Alemão - representa o rumo certo. É preciso descer de uma vez por todas a mão de ferro do estado sobre o crime organizado. A imagem dos bandidos fugindo atordoados é mostra de que talvez eles tenham começado a desorganizar-se. O bem tem tudo para vencer o mal."

No meu livro "Ordem e Liberdade" defendi que para vencer a guerra do Rio é necessário aplicar estratégias mais amplas e ações integradas e continuadas no âmbito policial, educação, saúde e social. Sou contrário a ocupação e ação policial executado pelo Exército, pois o despreparo e a finalidade diferente prejudicam a aproximação e a confiança do cidadão, pela visão diversa que os militares federais tem da segurança pública. Para empregar o Exército como polícia só mediante "estado de defesa" (como no Haiti onde leis especiais regulavam a ação militar), num curto espaço de tempo e em apoio às forças de segurança, jamais no comando.