Revelamos aqui as causas e efeitos da insegurança pública e jurídica no Brasil, propondo uma ampla mobilização na defesa da liberdade, democracia, federalismo, moralidade, probidade, civismo, cidadania e supremacia do interesse público, exigindo uma Constituição enxuta; Leis rigorosas; Segurança jurídica e judiciária; Justiça coativa; Reforma política, Zelo do erário; Execução penal digna; Poderes harmônicos e comprometidos; e Sistema de Justiça Criminal eficiente na preservação da Ordem Pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.

sábado, 6 de agosto de 2011

DEMOCRACIA CIDADÃ


WANER SANCHES BARRETO, PROFESSOR, DOUTOR EM BIOLOGIA AMBIENTAL PELA UNIVERSIDADE DE LEÓN – ESPANHA - ZERO HORA 03/08/2011

Oficialmente, o Brasil vive uma democracia criança, nascida na Grécia com ideais de povo, pelo povo e para o povo. No cotidiano vivencial, a população está sob o jugo de uma ditadura implacável que condena parcelas inteiras à pena de morte nas filas da Previdência, na fuzilaria dos assaltantes ou na desordem do trânsito. Os impostos e taxas que são quase que extorquidos vão em parte para os canais da corrupção e em parte para manter e aumentar as estruturas de coerção.

A luz de uma análise contextual dificilmente poderá desviar o foco da educação, hoje subjugada à visão de uma mídia espetaculosa e tendenciosa que coloca a figura do professor como mero “transmissor de conhecimentos” a quem os pais (mesmo os ausentes) e a sociedade (mesmo a permissiva) devem “fiscalizar”, ao invés de interagir, acompanhar, apoiar e auxiliar. A licenciosidade da sociedade e a fragilização da família sobrecarregam a escola, que passa a sofrer uma pressão exógena notadamente alicerçada em bases econômicas.

Entretanto, é necessário partir dessa análise para organizar a coletividade no sentido de reivindicar o direito a uma cultura própria para formar os seus cidadãos nos princípios de sustentabilidade. O exercício de uma cidadania consciente exige uma redução nas desigualdades sociais, acesso a saúde digna, segurança justa e confiável, além do engajamento de todas as forças vivas no processo de ensino/aprendizagem com respeito à preservação dos recursos naturais, à ética e aos valores culturais. Precisamos rejeitar os rótulos de relapsos, beberrões ou irresponsáveis para exigirmos mais de quem de direito, pois afinal pagamos uma das maiores cargas tributárias do mundo (em torno de 40%) e já vivemos a era pós-moderna (segundo Peter Drucker).

Os novos tempos exigem uma nova postura cidadã, com maior protagonismo, comprometimento e obrigações, sem a mesmice simplória e tendenciosa de culpar vítimas de desastres e tragédias, ao invés de melhorar as condições estruturais. É urgente instalar uma democracia de maior engajamento e participação através de organizações de grupos ou associações para fazer frente às forças coercitivas que escamoteiam os direitos dos cidadãos.

É preciso que essas organizações emanadas da coletividade cidadã interajam na educação global, aparelhando os indivíduos para exigirem uma produção de alimentos livres de contaminações, um manejo adequado para a água e os recursos hídricos e uma destinação correta dos dejetos.

A consequência de uma formação integrada e globalizada deverá gerar pessoas que possam expressar a sua territorialidade através da arte e da ciência perfeitamente inseridas nos parâmetros de sua cultura-mãe.

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