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quarta-feira, 29 de junho de 2011

A GUERRA DO RIO - OPERAÇÃO PARA LOCALIZAR MODELO


Policiais fazem operação na Rocinha para encontrar corpo da modelo Luana Rodrigues - O GLOBO, 29/06/2011 às 10h23m - Athos Moura e Simone Cândida


RIO - A Delegacia de Homicídios (DH), com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), realiza uma operação, na manhã desta quarta-feira, na Favela da Rocinha, em São Conrado, na Zona Sul. O objetivo é encontrar o local onde está enterrado o corpo da modelo Luana Rodrigues de Sousa, de 20 anos, que desapareceu no dia 9 de maio dentro da comunidade.

Os 100 policiais da DH e 30 da Core fazem as buscas em uma localidade conhecida como Dioneia. Ainda são aguardados cães da Polícia Militar para ajudarem nas buscas numa mata e de técnicos da perícia. Outro objetivo é encontrar a residência onde Luana morava.

Os agentes entraram na favela sem encontrar resistência. Alguns já estão no alto do morro e outros ocuparam pontos estratégicos da comunidade.

Segunda a DH, as informações sobre o possível lugar onde Luana estaria enterrada foram obtidas através de pequenas incursões na Rocinha, aos fins de semana, e também com dados passados pelo Disque-Denúncia e pelos moradores.

A modelo falou com 16 pessoas antes de desaparecer segundo mostrou a quebra do sigilo do seu telefone celular - que também sumiu -, autorizada pela Justiça. Pelo menos duas ligações são consideradas fundamentais para o esclarecimento do caso. Com duração média de dois minutos, os telefonemas teriam sido dados quando a jovem já estava no alto da favela, possivelmente em poder de traficantes.

A quebra do sigilo do celular de Luana possibilitou aos policiais identificar testemunhas, cujos nomes estão sendo mantidos em sigilo. Ouvidas pelos agentes da DH, elas confirmaram que Luana tinha estreita relação com traficantes da favela.

Segundo policiais, a modelo trabalharia para o tráfico como "mula", fazendo o transporte de drogas da Rocinha para o Morro de São Carlos, no Estácio, até a favela ser pacificada, em fevereiro. Depois, teria continuado a trabalhar, com a mesma função, para o grupo do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, chefe da venda de drogas na Rocinha e no Vidigal. O tráfico usaria Luana porque a boa aparência dela não despertava suspeitas da polícia.

A jovem teria sido morta por ter traído a confiança da quadrilha. Uma das hipóteses com que polícia trabalhou foi a de que ela teria revelado a um policial militar com o qual também manteria um romance a existência de uma grande quantidade de maconha na favela, que seria levada para Macaé. Em abril, a polícia estourou uma casa que servia de depósito para 2,5 toneladas da droga. Luana, então, teria passado a ser a suspeita número um pelo vazamento da informação. Desavisada da desconfiança, a jovem atendeu a um chamado de um traficante da Rocinha e, no dia 9, quando desapareceu, foi até o morro para "um desenrolo", como disseram amigos dela.

Luana tinha um filho de 2 anos com um morador da favela. Logo após seu desaparecimento, parentes da modelo estiveram na Rocinha em busca de informações e foram avisados de que ela teria sido morta por traficantes. A jovem, moradora da Estrada das Canoas, foi vista pela última vez em frente a uma concessionária de veículos perto da Rocinha. Ela teria sido executada pelos bandidos depois de iniciar um romance com um policial militar.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Este tipo de operação já é rotina no Rio. Mas gostaria que observassem a imagem inserida nesta matéria (Foto: André Teixeira / Agência O Globo) em que um grupo de policiais entram embarcados numa viatura em área de risco para realizarem uma operação perigosa. Notem os equipamentos de segurança individual que eles portam. Só consigo enxergar a coragem destes bravos e mal pagos policiais, pois estão sem capacetes e num veículo superlotado e expostos a atiradores do tráfico. E depois dizem que os policiais já ganham muito para arriscar a vida. Na minha opinião, no caso de algum policial ser ferido ou morto, o Governo e quem determinou esta operação deveriam ser responsabilizados por negligência e abandono da tropa.

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