Revelamos aqui as causas e efeitos da insegurança pública e jurídica no Brasil, propondo uma ampla mobilização na defesa da liberdade, democracia, federalismo, moralidade, probidade, civismo, cidadania e supremacia do interesse público, exigindo uma Constituição enxuta; Leis rigorosas; Segurança jurídica e judiciária; Justiça coativa; Reforma política, Zelo do erário; Execução penal digna; Poderes harmônicos e comprometidos; e Sistema de Justiça Criminal eficiente na preservação da Ordem Pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

A QUEM INTERESSE UM PLEBISCITO SOBRE O DESARMAMENTO


JOEL REZENDE, O GLOBO 12/03/2011

Para minha surpresa e estranheza, vejo surgir e crescer, de forma orquestrada, um movimento destinado a promover um novo plebiscito com a intenção de obter um resultado majoritário a favor do desarmamento. Não está ainda claro qual a justificativa ou interesse do governo em insistir na tentativa de alterar a opinião livre e consciente da população manifestada no último plebiscito, que, por sinal, produziu os mesmos resultados benéficos que seriam alcançados no caso da maioria ter sido a favor do desarmamento, já que centenas de milhares de armas foram devolvidas.

As leis já existentes que limitam o direito de porte de arma e punem sua posse ilegal são os instrumentos que efetivamente concorrem para o desarmamento, e foram as responsáveis pelo grande número de armas devolvidas por todos os cidadãos responsáveis e cumpridores da lei, independentemente de sua opinião a favor ou contra o ambíguo e obscuro movimento denominado desarmamento. Os cidadãos de bem obedecem às leis independentemente de resultados de plebiscito, enquanto os desonestos e irresponsáveis só agem de acordo com seus interesses desobedecendo a todos os princípios legais e sociais, e somente podem ser contidos através da repressão.

O fato de a maioria ter sido contra o desarmamento no último plebiscito se deve mais aos aspectos políticos do processo, que não expressa a necessária transparência para convencer os cidadãos mais esclarecidos de seu verdadeiro significado e abrangência de objetivos. Portanto, parece bastante claro que um plebiscito sobre o desarmamento agora seria, além de demagógico, completamente inócuo, a menos que houvesse outros objetivos ocultos e inconfessáveis. Seria, pois, muito mais coerente e efetivo empregar o dinheiro que seria gasto num plebiscito nas ações de repressão e bloqueio das fronteiras para evitar a entrada de armas.

Nenhum comentário: