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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

OCUPAÇÃO POLICIAL E MILITAR DO ALEMÃO E CRUZEIRO SOB COMANDO DE GENERAL PARAQUEDISTA.

Jobim define detalhes de ocupação na zona norte do Rio na 2ª. General da Infantaria de Paraquedistas deve assumir comando do Exército e Polícia no Alemão e Vila Cruzeiro - 12 de dezembro de 2010 - Pedro Dantas - O Estado de S.Paulo

RIO - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, define na segunda-feira, 13, com o comando do Exército os detalhes "técnicos e operacionais" da ocupação do complexos da Penha e do Alemão, na zona norte do Rio.

A previsão de Jobim é que o comandante da Brigada de Infantaria Paraquedista, general-de-brigada Fernando Sardenberg, seja efetivado no comando do Exército e da Polícia no conjunto de favelas até o dia 21.

O ministro não quis estipular uma prazo para a saída dos militares da região. "Uma operação desse tipo tem que ser flexível", declarou. O Governo do Rio estima o prazo de pelo menos sete meses para formar cerca de 2 mil homens, que ocuparão a região com uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

Jobim revelou que passará a ter encontros regulares com a cúpula da Segurança Pública do Rio para avaliar o andamento da missão. "Agora vamos fazer avaliação mensal para decidir os rumos", disse.

Cerveja, futebol e pipa no "domingão do Alemão". Moradores passam o dia relaxados com a comunidade policiada, mas esperam presença social forte do Estado para a situação melhorar de verdade. 13 de dezembro de 2010. Nicola Pamplona - O Estado de S.Paulo

Muitas crianças nas ruas, grandes filas para comprar frango assado e homens nas biroscas, bebendo cerveja para abrir o apetite: cenas típicas de uma manhã de domingo em qualquer localidade, não fosse a presença ostensiva de policiais fortemente armados. No segundo fim de semana após a ocupação da polícia, as favelas Vila Cruzeiro e Complexo do Alemão comemoram o fim do domínio do tráfico de drogas, mas esperam políticas que garantam a paz.

As pipas riscando o céu e a disputada partida de futebol já existiam nos tempos do Comando Vermelho, mas os moradores dizem que a sensação permanente de vigília deu lugar a um clima mais tranquilo. Saíram de cena os comboios de motos carregando bandidos armados, com risco iminente de confrontos, e começam a aparecer o poder público, empresas prestadoras de serviços e os primeiros turistas.

"Você imagina essas crianças no meio da rua e, de repente, passam duas ou três motos a toda velocidade... Era muito perigoso", comenta Josivaldo Félix da Silva, dono de um bar na localidade conhecida como Alvorada. Há 40 anos no Alemão, ele admite que perdeu receita com o fim do baile funk organizado pelo tráfico na frente do seu bar. "Mas, agora, quem vem é o pessoal mais velho daqui, que raramente saía à noite. Eles bebem menos, mas são meus amigos."

"Ontem, vieram três turistas portugueses aqui. Hoje tem gente fazendo filmagem lá em cima (do morro)", gaba-se Jairo Nascimento, que vive no Alemão há 50 anos, durante bate-papo com os vizinhos no bar na frente de uma das estações do teleférico construído com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A população aposta que o fluxo turístico crescerá quando a obra ficar pronta, ligando o bairro de Bonsucesso a três estações no conjunto de favelas.

Enquanto esperam os turistas, a população recebe muitas equipes de reportagem e empresas que pretendem substituir serviços que eram prestados de forma criminosa pelo tráfico, como fornecimento de TV por assinatura, cigarros e gás de cozinha. "Em apenas uma semana aqui na Vila Cruzeiro, vendemos 190 pacotes. Está todo mundo batendo suas metas", comemora Mirian Carvalho, vendedora da NET, que montou pontos de venda nas subidas das favelas.

Mais lento, o poder público chega aos poucos, primeiro com obras de revitalização da região - como o teleférico e os novos trajetos do plano elevado da Igreja da Penha, anunciados ontem pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB). A atuação dos governos na manutenção do clima de paz é uma grande preocupação entre os moradores. "Não adianta só entrar polícia. Tem de trazer o social", diz Nascimento.

As crianças parecem aprovar as mudanças. "A polícia só briga (quando alguém faz algo errado); os bandidos batiam", compara o pequeno Márcio, de 9 anos, que brincava com os amigos ao lado de carcaças de motos queimadas pelos traficantes durante a invasão da Vila Cruzeiro, no dia 26 de novembro.

PM usará carabinas .30 nos trabalhos do Batalhão de Campanha no Alemão e Penha - O Dia, 13/12/2010.

Rio - A Polícia Militar informou, nesta segunda-feira, que usará carabinas .30, armas menos letais que o fuzil, no trabalho desenvolvido pelo Batalhão de Campanha instalado no Conjunto de Favelas da Penha e do Alemão. O batalhão começou a funcionar no dia 6 de dezembro e contará com 250 policiais.

As carabinas tem alcance de 500m, enquanto que os fuzis chegam a 1,5 km. "A ordem do nosso comandante geral (Mário Sérgio Duarte) é que nesse primeiro momento o Batalhão de Campanha fique no Alemão e na Penha até a instalação da UPP. Temos o objetivo de prender eventuais traficantes que ainda estejam no local, além de armas e drogas escondidas", disse o sub-comandante do Batalhão de Campanha, tenente coronel Edvaldo Camelo.

A PM informou também como serão os uniformes dos PMs do Batalhão de Campanha. A farda terá cor predominantemente cinza, boina da mesma cor e braçadeira amarela. De acordo com o comandante, o objetivo é diferenciar os PMs deste batalhão dos demais da corporação.

Objetivo é fazer polícia comunitária

O comandante pediu novamente o apoio da população para que mais bandidos, armas e drogas sejam encontrados nos conjuntos de favelas da Penha e do Alemão. "Queremos fazer o policiamento comunitário. Queremos ficar ao lado da população ordeira que não tem mais a vontade de viver sob o domínio de traficantes. Nosso trabalho é ajudar as pessoas dos complexos e estamos aqui durante 24 horas", disse.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Tendo em vista a carência de efetivos policiais e a situação de emergência pode ser uma solução provisória, mas entregar o comando policial a um General do Exército é assinar a incompetência do Estado e um erro que pode trazer consequências nefastas às tropas militares em caso de conflito armado ou desvio de conduta. Seria melhor entregar o comando a um Coronel da PM tendo as forças armadas como apoio, tendo em vista a tipificação do emprego das tropas.

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