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domingo, 12 de dezembro de 2010

BANDIDAGEM ATACA QUARTEL DO EXÉRCITO

Comandante afirma que tentativa de invasão em quartel do Exército tinha como objetivo o roubo de armamentos - 12/12/2010 às 18h51m; Elenilce Bottari, O Globo e CBN

RIO - O comandante do 26º Batalhão de Infantaria Paraquedista, coronel Antonio Manoel de Barros, afirmou que bandidos que tentaram invadir o quartel na madrugada deste domingo, queriam roubar armamentos. Dois homens armados foram até a Vila Militar, em Deodoro, na Zona Oeste do Rio, e balearam o soldado David Soares de Almeida, de 19 anos, que foi rendido numa guarita. Ao reagir, ele levou quatro tiros na perna direita e foi levado para o Hospital Central do Exército, em Benfica, onde está internado.

Depois de atirarem no militar, os criminosos fugiram em direção à Avenida Benedito da Silveira. A Polícia do Exército fez buscas pela região, mas nenhum suspeito foi encontrado. O estado de saúde do soldado é estável, segundo a rádio CBN.

Segundo o coronel Antonio Manoel de Barros, tentativas de roubo nos quartéis acontecem e o Exército está preparado para enfrentá-las. O comandante elogiou a reação do soldado e lembrou que as equipes estão trabalhando para a segurança da população:

- Isto faz parte do plano de defesa do aquartelamento. Ele estava no posto de sentinela, os criminosos tentaram cercá-lo, ele reagiu. Ele foi alvejado quatro vezes e, mesmo assim, manteve a posição até a chegada do socorro. Estou muito orgulhoso desse soldado. Ele é jovem, mas está bem alinhado com os princípios da instituição. Estamos trabalhando para a segurança da população - afirmou o comandante, que ontem participava das operações de cerco no Complexo do Alemão.

Mais cedo, o Comando Militar do Leste divulgou uma nota informando que a tentativa de invasão pode ter sido motivada por roubo de armamento, o que se confirmou com a declaração do coronel. Segundo a nota, "dois bandidos tentaram invadir o quartel às 4h30m sendo rechaçados pelo sentinela da hora. Na troca de tiros, o soldado David Soares de Almeida, foi atingido sem gravidade e passa bem".

Os cerca de 800 soldados que participaram do cerco ao Complexo do Alemão no dia da ocupação pelas forças policiais, em 29 de novembro passado, em sua maioria, estão lotados no 26º BIP.

Desvio de armas em quartéis é um desafio para as Forças Armadas - 12/12/2010 às 13h36m; O Globo

RIO - O militar baleado por criminosos que tentaram invadir um quartel na Zona Oeste neste fim de semana é apenas mais um dos muitos incidentes causados pelo comércio ilegal de armas na cidade. Segundo dados publicados pelo GLOBO, as Forças Armadas tiveram, em 2007, 525 armamentos desviados de seus quartéis por traficantes cariocas. Na Divisão de Fiscalização de Armas e Explosivos (DFAE-RJ), existem mais de 250 mil armas acauteladas (recuperadas de bandidos em ações policiais). Estatísticas apontam que haveria 17 milhões de armamentos no Brasil. Destes, entre 7,5 milhões e 8 milhões seriam irregulares.

Em maio, o ataque de três bandidos a um trailer do 14°PM acabou com um policial morto - o segundo-sargento Ulisses Alves Correa Filho, 50 anos - e outros dois baleados - o soldado Alberto José Santos e o capitão Alan de Luna Freire. A menina Ana Paula Lopes Gomes, de 6 anos, também ficou ferida durante a perseguição aos bandidos que ocorreu na Avenida Brasil. Atingida por uma bala perdida, ela teve uma fratura exposta e ficou internada no Hospital Getúlio Vargas, na Penha.

Em 2009, o Exército recuperou um fuzil que havia sido roubado no 26º Batalhão de Infantaria Paraquedista, unidade considerada de elite, durante uma operação nos morros da Pedreira e da Lagartixa, em Costa Barros, no subúrbio do Rio. Na época, todos os cerca de 700 homens lotados no batalhão, localizado na Vila Militar, ficaram presos até que a arma reaparecesse e fossem identificados os responsáveis pelo roubo.

No mesmo ano, o comandante do 19º BPM (Copacabana), tenente-coronel Rogério Seabra, declarou que tinha informações de que traficantes dos morros Pavão-Pavãozinho e Cantagalo estariam utilizando menores e idosos para retirar armas das comunidades, ocupadas pela polícia para a implantação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

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